O presidente do Egito Abdel-Fattah El-Sisi e o primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Støre lançaram a primeira fase de um projeto para estabelecer uma grande planta de hidrogênio verde no Mar Vermelho de Ain Sokhna, no Egito.

Eles lançaram nesta terça-feira a primeira fase de um projeto para estabelecer uma grande usina de hidrogênio verde com capacidade para produzir 100 MW, como parte da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) de 2022, realizada em Sharm El-Sheikh.

O evento fez parte do último dia da Cúpula de Implementação do Clima, com mais de 100 chefes de Estado e governo reunidos nos dias de abertura da COP27, para trabalhar na implementação de acordos climáticos existentes.

El-Sisi elogiou o projeto, que será implementado em cooperação com a gigante norueguesa de energia Scatec, dizendo que ele fornece “um modelo prático de parceria de investimento que estimula o desenvolvimento econômico sustentável com foco no papel do setor privado nacional e estrangeiro, além do papel do governo, trabalhando lado a lado neste setor frutífero”.

A Scatec tem sido uma grande desenvolvedora no enorme parque solar Benban do Egito em Aswan, no Alto Egito, um dos maiores parques solares do mundo com uma capacidade total de 1,8 GW.

A Planta verde de hidrogênio faz parte da estratégia de hidrogênio verde mais ampla do Egito, que tem uma visão de produzir hidrogênio verde pelo preço mais barato em todo o mundo.

A estratégia, implementada em cooperação com o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento e a União Árabe para o Desenvolvimento Sustentável e o Meio Ambiente, busca ajudar o Egito a contribuir para oito por cento do mercado global de hidrogênio, disse o gabinete do Egito em um comunicado no sábado.

O presidente Abdel-Fattah El-Sisi disse: “O hidrogênio verde tornou-se uma das soluções mais importantes no caminho para uma economia verde durante os próximos anos. É um exemplo em que países em desenvolvimento, incluindo o Egito, estão dando grandes passos. No entanto, ainda temos que enfrentar desafios resultantes da tendência de alguns países de apoiar o hidrogênio verde local de forma a diminuir seu custo de produção.”

“Isso causa desequilíbrio no mercado global de hidrogênio e contribui para minar a competitividade do hidrogênio verde produzido nos países em desenvolvimento em comparação com os países desenvolvidos”, acrescentou o presidente.

Além disso, durante a Mesa Redonda de Alto Nível sobre “Investindo no futuro da Energia: Hidrogênio Verde” às margens da Cúpula de Implementação Climática de Sharm El Sheikh na COP27, copresidida pelo chanceler alemão Olaf Scholz, pelo presidente El-Sisi e pelo primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, anunciaram o lançamento do “Fórum Global de Hidrogênio Renovável”.

O Fórum constitui uma plataforma público-privada multi-stakeholder projetada para facilitar a implantação em larga escala de hidrogênio renovável para promover a descarbonização das indústrias locais, acelerar a transição justa e desbloquear os benefícios ambientais e socioeconômicos da economia global de hidrogênio e identificar os melhores instrumentos que permitem o comércio transfronteiriço de hidrogênio renovável entre países em desenvolvimento ricos em renováveis, os países desenvolvidos.

Com foco em energia renovável e um marco regulatório bem desenvolvido, o mercado solar no Brasil tem um potencial significativo a longo prazo. A Scatec está participando ativamente no desenvolvimento de projetos solares no país.

Em 2017, a Scatec firmou parceria com a Equinor para o desenvolvimento solar no Brasil e os parceiros realizaram juntos o projeto Apodi de 162 MW.

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