Comida de verdade, orgânica e brasileira para alimentar o mundo

Pioneira, com tecnologia francesa, a história forte da indústria que está conquistando o planeta

Por Kátia Bagnarelli, exclusivo para Jornal Onews

Pioneira no segmento de alimentos embalados a vácuo e cozidos a vapor, a Vapza é uma empresa brasileira sediada no estado do Paraná.

Sua primeira unidade fabril já nasceu grande, com 4.500 m² de área construída, em um terreno de 85.000 m². Hoje, a fábrica no município de Castro conta com uma estrutura construída de 11.000 m².

Na produção dos alimentos a Vapza utiliza equipamentos de última geração com tecnologia de ponta, o que permite cozinhar os alimentos dentro da própria embalagem, evitando assim o uso de conservantes e outros produtos químicos. São produtos longa vida que dispensam refrigeração.

Reconhecida pelo consumidor pela praticidade e rapidez no preparo de alimentos saudáveis, seguros e saborosos, a indústria oferece mais de 45 produtos para o varejo e muitos outros para Food Service, entre eles a carne seca, o frango desfiado, a batata, a canjica e a mandioca.

Com a liderança do executivo Enrico Milani a indústria têm expandido sua atuação internacional levando os orgânicos brasileiros ao varejo de treze países.

Nós perguntamos a ele como foi sua infância e o que o levou a paixão pela indústria saudável. De fala serena e amável ele narrou a sua própria história que também é a da Vapza.

Leia a seguir e na sequência prove a feijoada da marca, irá compreender melhor esta matéria fazendo parte dessa bela jornada você também, caro leitor.

“Desde pequeno sempre fui muito ativo, com sete anos comecei a jogar tênis e joguei praticamente até os 17 anos, por dez anos consecutivos uma vida muito voltada para o esporte.

Estudava de manhã e o restante do dia treinava, das 14 às 18 horas, viajando e competindo pelo Brasil todo.

Minha vida sempre foi voltada ao estudo e ao esporte.

Minha alimentação sempre foi saudável influenciada pelos pais que também eram atletas, eles são os meus exemplos de autocuidado. Levei isso para a minha vida adulta e continuo até hoje jogando e praticando atividades físicas frequentes, me alimentando cada vez melhor.

Os desafios do dia acabam fazendo com que tenhamos algumas adaptações, mas a alimentação saudável é uma coisa que trago desde a infância. Meu pai é engenheiro civil, construtor e incorporador e quando comecei minha graduação cursei engenharia civil até porque, desde pequeno, eu o acompanhava em suas obras.

Era uma coisa que eu achava legal. Cursei engenharia civil por três anos e naquele momento meu pai entrou como sócio na Vapza, iniciou com um percentual bem pequeno em torno de 10% como nono sócio, e em 2007 ficamos praticamente sozinhos na empresa.

Saí então da engenharia civil e mudei o curso para engenharia de produção, uma graduação voltada para nosso negócio. Na época era uma das primeiras turmas do curso na Puc, e uma das únicas universidades do Paraná que tinha o curso.

Foi ali que me realizei, me identifiquei e tudo se encaixava com o que eu estava vendo no dia a dia da indústria, evolui e fiz MBA assim como outros cursos de gestão, sempre focados na área industrial.

Comecei a atuar na nossa indústria na parte de suprimentos, compras de matéria prima, área em que sempre permaneci muito próximo.

Vejo que de forma muito rápida inúmeras mudanças vieram de lá para cá com a evolução da tecnologia e dos meios de comunicação.

Temos um escritório em Curitiba, a fábrica fica em Castro a 180 km de distância. Às vezes enfrentávamos falhas na comunicação para entender o que estávamos precisando, o que tínhamos que fazer.

Hoje em dia é fácil, você está em Curitiba mas ao mesmo tempo você está lá, entrando dentro da fábrica e vendo os números online.

A linha de orgânicos veio em 2014, e lá atrás quando iniciei tinha mais contato com a parte de vegetais, batatas, mandiocas, mandioquinhas e toda a compra de grãos.

Estávamos iniciando com a compra de proteínas como o frango e a carne. Foi ali que nos aproximamos do mercado de orgânicos. Particularmente estava super empolgado com a linha que criamos.

Faço feira desde 2007 fora do Brasil e já acompanhava a tendência de lá enquanto estudava o mercado aqui.

Lançamos nosso produto, ficou sensacional, é o mesmo produto que temos hoje, só que erramos feio naquela época com a maneira de fazer contratos com os fornecedores de matéria prima, que são os nossos produtores orgânicos.

Tivemos uma leitura errada do mercado, e o risco de ruptura era muito grande com a oferta muito baixa comparada com a oferta de produtos convencionais.

Foi preciso retirar o produto do mercado por um tempo, revisar todo o planejamento e relançar a linha em 2017, depois de ter criado uma cadeia de produtores com várias opções de fornecedores para cada produto e aprender a estocar melhor, comprar por um período mais longo para não deixar

faltar produto no mercado. Essa foi a maior tristeza que nos deu naqueles tempos, tinha demanda de mercado mas nós não conseguimos ter o produto.

Nós temos tentado desenvolver o máximo de produtores que temos, tentamos o máximo de possibilidade de compra porque a demanda existe.

Temos feito bons contratos com alguns garantindo a compra e o volume que vão produzir, porque se as empresas não fizerem isso, o governo não dá uma segurança para o produtor.

O risco de um produtor ter um problema na safra orgânica é muito maior do que no convencional, pois ele não pode trabalhar com nenhum tipo de adubo ou fertilizante químico, não há alternativas muitas vezes. Isso acaba prejudicando todo o mercado porque eu conheço vários casos de pessoas que queriam estar no mercado orgânico, chegaram a produzir, mas desistiram, voltaram atrás porque há um risco maior.

Temos buscado dar força aos nossos parceiros para cada vez alavancar mais os seus negócios. Há um mercado muito grande não só no Brasil mas fora também.

E o nosso processo de certificação não foi difícil, foi trabalhoso porque toda a parte de estoque e produção temos que separar.

Por exemplo, se vou produzir um feijão carioca na mesma linha que faço um feijão que é só aquecer ou um feijão que não seja orgânico, tenho que começar essa produção com o feijão orgânico, tudo é higienizado para que possamos entrar com o outro.

A matéria prima precisa ser separada em armazéns diferentes, existe um controle e não quer dizer que seja difícil. É um produto diferente que precisa ser trabalhado de maneira diferente.

Como nós já trabalhamos com outras certificações, com estoque de carnes, vegetais e grãos, nós trabalhamos muito bem com tudo isso. Para nós ficou algo fácil de fazer.

“Quase trinta anos e ainda somos um produto do futuro.” Enrico Milani, CEO da Vapza

Sobre alimentar o mundo, para Enrico o céu é o limite

Nós temos condições de alimentar o mundo. Temos uma tecnologia onde o céu é o limite para a Vapza.

Desde quando comecei a viajar para outros países verificando produtos para começar a tentar exportar, para uma empresa familiar como a nossa que tem uma tecnologia desconhecida, conseguir entrar em novos países com os produtos – e hoje estamos em treze, com nossos esforços e nosso próprio investimento de equipe, é algo que nos dá muito orgulho.

Olhar nossos produtos nas grandes redes de outros países, e muitas vezes esse encontro acontece ao acaso, numa viagem ou outra estamos andando e encontramos nosso produto lá fora, é uma satisfação muito grande.

 

 

 

 

 

 

Enrico nas lojas da Auchan Retail Portugal e do El Corte Inglês

 

Este não é o trabalho de uma ou duas pessoas, é uma história com todas as pessoas que estão dentro da nossa indústria, aquelas que passaram por nós, todos os produtores e prestadores de serviços, somos uma legião de pessoas, não é o Enrico, é muita gente envolvida nesse processo.

Muitas pessoas que acreditaram e continuam acreditando em nosso negócio e que compreendem o conceito do nosso produto, começamos em 1994 e até hoje dizemos que é o produto do futuro.

Quase trinta anos e ainda somos um produto do futuro. Você percebe nas gôndolas dos EUA e Europa que começamos a ter cada vez mais espaço agora, aqui no Brasil praticamente estamos sozinhos neste mercado ainda, é uma satisfação levar o produto que é 100% desenvolvido no Brasil com uma estrutura de P&D muito forte.

Trabalhamos dentro da nossa fábrica incentivando as pessoas a nos ajudarem, uma equipe jovem, muitos com 20 ou 25 anos de casa que estão desde o primeiro trabalho ali e dão a vida pelo negócio, se envolvendo em comprometimento.

Se fala muito que o Brasil vende muita commodities e nós estamos indo em caminho inverso, vendendo o produto com valor agregado.

Precisamos deixar a riqueza em nosso país e trazer o valor agregado, não ficar vendendo só commodities para que os outros países processem e revendam lá fora.

Somos muito atenciosos a tudo o que entra dentro da indústria, nos preocupamos demais com a qualidade do produto, com a questão da segurança alimentar que é algo que a nossa tecnologia garante, são princípios que estão conosco como família, levar um produto de verdade, uma comida sem conservante e sem aditivo, um produto puro com uma tecnologia diferente.

Existe dificuldade em fazer com que as pessoas entendam isso.

Todo mundo sabe que tem que comer saudável, mas muitas vezes as pessoas acham que estão comendo saudável e não estão. Muitas vezes estão comendo errado.

E é difícil falar porque o Brasil é tão grande, conhecemos as diferenças sociais que existem em nosso país, entretanto acredito muito que as empresas têm um papel muito forte na comunicação, e as pessoas precisam começar a ler mais rótulo compreendendo o que estão comendo e não continuar comendo um alimento por impulso só porque todo mundo também está consumindo.

Precisamos entender o que estamos comendo, entender o que estamos colocando dentro do nosso corpo. É um aprendizado, assim como lemos bula de remédio, precisamos ler rótulos de alimentos.

Iniciamos um trabalho neste último ano para analisar toda a nossa empresa no que diz respeito ao ESG, temos muitas ações internas desde a reciclagem, estamos virando aterro zero, temos trabalhos com a comunidade de Castro, toda a parte de tratamento de efluentes.

Trouxemos uma empresa de fora para nos auxiliar a compilar tudo e nos ajudar a montar o nosso planejamento para os próximos anos com foco na sustentabilidade, incluindo todos os pilares ESG. Estamos pontuando para ter o certificado de empresa B.

Um projeto que era de médio prazo e que já virou curto prazo. Até mesmo nós achávamos que estávamos distantes mas começamos a identificar que dentro da nossa cultura já cumprimos muitos dos passos necessários.

Podemos melhorar e estamos planejando essa evolução.

Cada um fazendo um pouquinho se torna um volume grande. O Brasil está muito abaixo em comparação aos países europeus quanto à reciclagem, economia e desperdício.

Temos condições de melhorar isso, porque o resíduo acaba virando riqueza, gerando empregos. Precisamos formar crianças com uma mentalidade diferente da que nós fomos formados.”

 

A Vapza no seu prato do dia a dia

por Rose Sachet, diretora de food service da indústria

Estou há dez anos na Vapza, sou nutricionista de formação, antes de trabalhar na Vapza trabalhei em indústrias de refeição coletiva em São Paulo e Manaus, sempre ouvimos na nutrição que o nutricionista é diretamente responsável pelo alimento que qualquer organização coletiva vai consumir, isso foi algo que aprendi durante a faculdade e que sempre esteve em meu mindset.

O que eu estou fazendo vai gerar saúde? Se eu sou diretamente responsável pelo que as pessoas vão consumir e consequentemente por sua saúde, isso é algo muito importante.

Fui cliente da Vapza em Manaus e alguns anos depois vim para Curitiba me unir ao time. A Vapza sempre foi uma referência porque quando falamos em qualidade alimentar para nós, nutricionistas, a qualidade está diretamente ligada à segurança alimentar.

Você como consumidor final está fazendo uma refeição para sua família onde você enxerga o que está acontecendo. Quando você trabalha de forma institucional com o food service você não está presencialmente com todas as operações que estão fazendo aquela transformação.

Portanto, nós como profissionais, não podemos trabalhar sem a certeza de que lá longe dos olhos onde o produto está sendo transformado, está seguro.

Tivemos várias mudanças de conceito no mercado atreladas a vários movimentos. Quando vendemos um produto para uma rede de food service, para uma rede de supermercado, qual é a expectativa do consumidor?

Que se você vai em qualquer loja do grupo, em qualquer lugar do Brasil você vai consumir o mesmo produto final.

Para o operador garantir que ao final ele consiga entregar um produto padronizado ele precisa ter ingredientes padronizados.

Quando falamos nessa padronização, nessa mudança de perfil no mercado, estamos dizendo que o nosso cliente operador não irá focar a mão de obra dele para descascar e cozinhar uma batata, porque esse não é um valor que o consumidor final reconhece. O que ele reconhece é o sabor, o aroma, a temperatura e a apresentação.

Quando nós vamos para o mercado entregando um produto minimamente processado e cozido nós estamos entregando para o cliente algo onde ele pode ocupar o tempo dele em dar aquele toque que o consumidor vai reconhecer.

Um outro ponto muito interessante é o seguinte: sabemos que o segmento de alimentação e de restaurantes tem um índice de turnover muito alto.

Existe muita rotatividade e uma disparidade também, a mesma equipe que faz uma refeição no almoço não é a mesma que faz a refeição no jantar. Quanto mais padronizado entregarmos o produto menos ele vai depender dessa mão de obra que oscila, porque ele vai treinar o novo colaborador no processo e ele vai ter um processo mais facilitado com o produto da Vapza.

A visão de mercado mudou no sentido de que o consumidor final é exigente e no momento em que a indústria facilita entregando uma padronização e uma segurança alimentar para o transformador, existe uma bandeira da tranquilidade perante esse cliente final.

A padronização do insumo, da matéria prima entrega a segurança na ponta.

Essa é a relação de custo benefício, o maior benefício é a marca e o cliente precisa reconhecê-la pela padronização, pela segurança, pelo aroma, pelo prato final que ele recebe.

A nossa carteira de clientes está muito parecida com o que era antes, mas cada vez mais valorizada, o cliente consegue entender melhor a importância de ter feito a escolha certa hoje.

Dentro do food service representamos mais ou menos 50% do volume de faturamento da Vapza, construímos essa história de volume durante estes dez anos com muita transparência e com muita franqueza.

Trabalhamos com grandes redes de supermercado no Brasil que tem mais de 1500 lojas, onde tem o produto para revenda na prateleira na caixinha de 500 gramas e onde ele compra nosso produto de dois quilos e meio para atender a rotisseria do supermercado.

Estamos também em grandes redes internacionais de food service. Além de pequenos operadores onde atuamos com vários canais de atendimento.

Temos uma área de televendas que atende esses operadores, uma equipe especializada que atende as rotisserias nos supermercados, temos uma equipe especializada que atende às redes de food service, e nós temos outra que atende os distribuidores, que são aqueles que compram da Vapza e revendem para os restaurantes.

Toda a nossa equipe é técnica, composta por gastrônomos e nutricionistas, ela entra para dentro do restaurante e não vende uma batata apenas, ela apresenta para o cliente um prato composto com uma batata soutê e um acompanhamento onde o operador vai saber o que pode fazer com o produto Vapza. Estudamos a realidade do cliente, cardápio e posicionamento.

Precisamos ser uma solução para ele. Trabalhamos com alguns tripés: o produto precisa ser seguro, saudável e entregar padronização. Queremos que nosso cliente brilhe e nós o ajudamos a brilhar. Tivemos três meses muito difíceis durante a pandemia.

Dois pontos bem interessantes deste período: tivemos que entender que o consumidor que se alimentava fora estava agora na gôndola do supermercado comprando produto pronto congelado e resfriado. Procuramos então essas indústrias de produtos congelados e resfriados.

Elas passaram muito rapidamente a ser nossos clientes. A nossa mudança rápida de posicionamento de venda se deu principalmente porque nós temos famílias que dependem diretamente do nosso trabalho, eu Rose me sinto responsável pelas famílias que trabalham na nossa empresa. Precisamos evitar que nossos colegas fiquem sem emprego e isso é muito forte dentro de nós.

Outro ponto é que os nossos antigos clientes tinham um produto em seus estoques com longa validade como nossa feijoada, nosso frango, nossos vegetais que tem de 9 a 18 meses de validade.

Eles não perderam esse produto no período de fechamento dos comércios no isolamento social. Esse foi um ponto positivo. Permanecemos com ele e nos fortalecemos nesse reconhecimento.

Hoje nossos maiores concorrentes são os produtos in natura, os enlatados e os congelados.

O nosso desafio está em mostrar ao nosso cliente o quanto vale ele tirar um processo de dentro do restaurante e passar para dentro de uma indústria de forma saudável, não ocupando mão de obra, espaço de refrigeração e volume de resíduo grande.

A nossa comunicação no food service começa desde quando conhecemos o cliente até a entrega do produto final. Temos um processo de comunicação em todas as etapas.

Pensando no futuro, o cliente está buscando cada vez mais o clean label que é o rótulo limpo com alimento de verdade. Para nós o que é o alimento de verdade?

Na Vapza entram batatas direto do produtor, descasca-se batatas e entrega-se batatas cozidas no final. Isso é comida de verdade, deixar o produto o mais próximo do que ele é ao natural quando o temos em casa, da forma mais verdadeira e sincera.

Comida de verdade é aquela que chega ao transformador o mais próximo possível do alimento natural. Ser nutricionista está inteiramente ligado à integridade como profissional em cuidar da saúde das pessoas, em ser muito correto e gostar de cuidar de pessoas.

O nutricionista não consegue enxergar o efeito do trabalho dele num piscar de olhos. O trabalho dele é construir uma relação íntegra de entrega e de busca de resultados, fazendo a diferença na vida das pessoas.

A relação da nutrição não é só uma relação com a saúde física, é também com a autoestima, com a saúde mental, pois quanto melhor você está nutricionalmente, maior será a sua saúde integral.

Rose Sachet e ao seu lado o processo de industrialização na fábrica

Meio ambiente

A indústria segue desenvolvendo novos projetos voltados a área ambiental, e constantemente buscando novas alternativas a fim de reduzir os possíveis impactos causados ao meio ambiente, a produção orgânica segue todos os padrões e recomendações exigidas pelo órgão fiscalizador.

O time Vapza acredita que com todo o conjunto de ações podem contribuir na preservação do meio ambiente, sendo a produção orgânica um passo considerável para mostrarem a importância da conservação dos recursos naturais. Nós entrevistamos Lizete Bonetti, analista ambiental na Vapza.

Jornal Onews Qual é o seu trabalho na Vapza atualmente e quais são as ações envolvendo o meio ambiente a partir do processo de produção sustentável adotado pela indústria?

Lizete – O meu papel aqui na Vapza é controlar o sistema de legislação ambiental aplicável, mantendo a unidade em compliance com os requisitos legais e licenciamentos ambientais, coordenando o processo de gestão de resíduos e tratamento de efluentes, por fim, elaborando relatórios ambientais.

A Vapza é participante do Programa Eureciclo compensando o impacto ambiental das embalagens pós consumo de forma simples e sustentável. Também participamos do Programa ODS juntamente com outros programas e auditorias de clientes voltados as questões socioambientais.

On – Como é o projeto Aterro zero e Tratamento de efluentes, quando foram implantados?

Lizete – Todos os resíduos gerados na Vapza são gerenciados e destinados adequadamente e os destinadores são somente empresas licenciadas para transportar e receber os resíduos.

No ano de 2021 foram destinados para compostagem 91% dos resíduos gerados, 4 % para reciclagem, 3 % aterro e 2% para co processamento.

Para o ano de 2022, já realizamos algumas mudanças internas e de destinador e estimamos que menos de 1% do total dos resíduos gerados será destinado para aterro, sendo enviado para o local apenas os resíduos sanitários, mas estamos trabalhando com foco total para conseguirmos o aterro zero, onde não enviaremos nenhum dos resíduos para aterro.

Na Vapza todos os efluentes líquidos passam pela estação de tratamento de efluentes (ETE). A ETE é composta por um sistema de tanque de separação, lagoa anaeróbia, lagoa aeróbia e decantador.

O efluente passa por todas as etapas do sistema de tratamento de ETE o que o deixa em condições de lançado no corpo hídrico receptor (rio) atendendo aos padrões e parâmetros estabelecidos pela legislação ambiental.

On – Quem são os envolvidos dentro da cadeia de produção neste processo?

Lizete –Todos os colaboradores estão envolvidos neste processo, pois precisamos da ajuda de cada um para fazer a separação e disposição nas lixeiras adequadas, sendo de extrema importância para conseguirmos fazer a correta destinação dos resíduos gerados.

Na imagem acima, resíduos plásticos que anteriormente eram destinados para aterro industrial controlado gerando custo para a empresa e causando impacto no meio ambiente, hoje são doados para reciclagem na Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Castro (ACMRC) gerando renda para ajudar as famílias que dependem da Associação e contribuindo para o meio ambiente.

“Tenho muito orgulho de trabalhar nesta empresa que acredita que com pequenas mudanças podemos dar um passo grande para um planeta mais sustentável.

Menos de 1% dos resíduos gerados são destinados para aterro industrial e estamos buscando o aterro zero.” Lizete Bonetti

 

Lizete Bonetti , analista ambiental na Vapza

A comida orgânica dos heróis da Marvel, os poderes da brasileira Vapza

Através de um intercâmbio de tecnologia entre o Brasil e a França, em meados de 1994, cinco amigos empresários se uniram e trouxeram para o Paraná a tecnologia sous vide, que embala os produtos a vácuo em “retortable pouch”, o que dispensa a refrigeração dos vegetais e carnes cozidos a vapor. Com essa tecnologia das embalagens Vapza, os alimentos são cozidos industrialmente, dentro da própria embalagem.

Vapza é a inicial do sobrenome de cada um dos fundadores da época. Enrico Milani entrou mais tarde e adquiriu a parte dos demais componentes, tornando- se o único proprietário da indústria.

Enrico é inovador, empreendedor, sempre aberto a ouvir, em uma gestão muito colaborativa e participativa como dizem seus funcionários e parceiros. Sua equipe de marketing é liderada por Liza Schefer que traz pelos últimos quinze anos uma estada de sucesso no segmento da indústria de alimentação saudável.

O desafio atual da Vapza é educar o consumidor, desde o cliente varejista até o consumidor final.

“Tentamos trabalhar com o rótulo o mais clean label possível.

Estamos mudando a comunicação em nossas redes sociais constantemente para desmistificar a industrialização. O nosso produto está numa caixinha, falamos de um frango que está numa embalagem fora da geladeira, a primeira coisa que vem à cabeça do consumidor é que não deve ser saudável e deve ter muito conservante.

Precisamos, então, mostrar cada vez mais a nossa tecnologia de preparo, a nossa embalagem que ajuda a preservar sem nada químico adicionado.

A linha orgânica veio nos ajudar muito nisso. O consumidor já entende um pouco como é o alimento orgânico, já tem essa cultura, quando ele vê um produto Vapza orgânico ele compreende a cadeia que está por trás daquele alimento. Ser orgânico também nos ajuda a crescer”, explica Liza.

A Vapza tem cinco linhas orgânicas, além das linhas “dê seu toque” que vem sem tempero, para que o consumidor possa finalizar, a linha de pratos prontos que já vem temperada e as mono porções da linha single. O grande lançamento da marca é a linha Marvel.

Um licenciamento com o grupo The Walt Disney Company que marca o pioneirismo da indústria e fortalece a relação com o campo através de alguns dos maiores sucessos dos quadrinhos e do cinema contemporâneo. Liza enfatiza durante a entrevista que com a entrada da Marvel ficou tudo muito mais legal.

“Quisemos unir a praticidade do alimento pronto com o endosso de grandes personagens para conquistar o público mais jovem. Tenho certeza de que a pandemia reforçou ainda mais que os pais não têm tempo para preparar o alimento dos filhos.

O nosso licenciamento veio de encontro com um projeto atual da Disney de estarem desenvolvendo com responsabilidade um programa de alimentação saudável. A partir do momento que o consumidor conhece, gosta e se familiariza com o produto ele consome sempre.

A maior barreira é a da experimentação realmente. Interessante que o público da Vapza era de consumidores mais tradicionais, a avó ou a mãe, mas de uns anos para cá isso mudou bastante. O público mais jovem que está mais consciente de suas escolhas tem se tornado consumidor da marca. Assim como o consumidor mudou, o marketing e a comunicação mudaram.

Temos hoje uma comunicação que tem a frente nutricionistas e chefs que sentiram a veia do marketing e foram se especializar. Entretanto vejo que a comunicação é mais do que isso, é envolver o público naquela ideia, é conquistá-lo como parte do processo do alimento saudável.

É um propósito. O processo da Vapza é uma evolução, com uma cadeia mais leve de logística. Teu espaço é ali na dispensa. Se cada vez mais conseguirmos parceiros para ter matéria prima orgânica de qualidade, vamos expandir muito.

É sempre desafiador pensar no futuro, aqui temos esse desafio da inovação e da tendência.

Com a digitalização temos mais espaço e precisamos seguir descobrindo onde o nosso consumidor está, a partir daí conversar melhor com ele. Nosso e-commerce cresceu muito, estar no multicanais é fundamental.

O que estamos vivendo veio mostrar muito forte para nós que aquela correria e aquele estresse causa um impacto muito grande em nossa qualidade de vida e somos muito suscetíveis, precisamos então de uma compensação para viver em harmonia, em equilíbrio, cada vez mais conscientes das nossas escolhas,

uma busca pelo tempo e pela qualidade de vida. Ter uma marca que consegue entregar conveniência e segurança alimentar garantindo praticidade para que você tenha mais tempo, é incrível.

Essa pandemia veio nos mostrar que precisamos de uma vida mais leve, com pausas.

Mais sabor, com mais saudabilidade e mais tempo para que você use esse tempo para fazer outras coisas que quiser. O que você faz com o tempo que a Vapza te dá é o que nos importa.”

Liza Rivatto Schefer, Head of Marketing & Trade Marketing na Vapza

A nossa redação convidou o time da Disney para falar sobre essa parceria brasileira que invadiu o mundo.

Jornal Onews – O que representa para a Disney/Marvel o licenciamento com a Vapza neste momento?

Disney – A The Walt Disney Company chega a milhões de crianças e famílias em toda a região, por meio de experiências, histórias, produtos e conteúdos audiovisuais. É por isso que temos uma enorme responsabilidade em inspirar hábitos e valores positivos que contribuam para uma comunidade mais inclusiva, solidária e saudável.

Alinhada com esse propósito, a Disney tem o compromisso de utilizar seus conteúdos, personagens e produtos com a finalidade de inspirar as famílias na tomada de decisões mais saudáveis.

Quando se trata de alimentos e bebidas, a nossa missão vai além de levar a magia para todas as famílias brasileiras através de nossas histórias e personagens. Estamos muito felizes com a nova parceria com a Vapza, que através de seus produtos reforça a nossa franquia Healthy Living, incentivando um estilo de vida mais saudável, oferecendo alimentos de qualidade, com muita praticidade e rapidez no preparo, além de serem seguros e saborosos.

On – É o primeiro licenciamento com uma marca orgânica no Brasil?

Disney – No Brasil, a Disney já lançou produtos orgânicos, porém, é a primeira vez que lançamos refeições orgânicas como da Vapza.

On – Qual é o planejamento e expectativa de repercussão do licenciamento por parte da Disney para o território brasileiro?

Disney – Estamos bastante otimistas com as vendas da linha e a receptividade do varejo. A Disney tem o compromisso de inspirar e encorajar as famílias a levar uma vida mais saudável e o projeto com a Vapza aconteceu no momento certo. Durante a pandemia, as famílias se encontraram em uma situação onde passaram a comer mais em casa e muitas pessoas passaram a cozinhar o próprio alimento, inclusive se tornando uma atividade junto com as crianças. Por isso, a busca por comida pronta e saudável cresceu ao longo do último ano.

On – Entendemos que, cada vez mais, a reeducação alimentar de crianças e adolescentes se volta para alimentos saudáveis e orgânicos. A Disney entende uma tendência oportuna para os personagens se vincularem a tais marcas saudáveis a fim de impulsionar esse movimento benéfico para a saúde humana e para o planeta? Existe um planejamento para repetir a ação com outras marcas em 2022 no Brasil?

Disney – A Disney tem um compromisso de longa data com a vida saudável. Recentemente lançamos a campanha #VivaMaisSaudável que representa o compromisso da Disney em inspirar cada vez mais estilos de vida saudáveis, usando o poder de seu entretenimento e oferecendo propostas diversas, criativas e divertidas como foco especial em crianças, jovens e famílias.

É uma estratégia integral, que se expressa em todas as ações internas e externas da Companhia. Os personagens e as histórias contribuem para a promoção de hábitos saudáveis e potencializam seu impacto de maneira simples e divertida.

A Companhia tem muito cuidado com o licenciamento de produtos, em especial na categoria de alimentos. Seguimos uma tabela nutricional, desenvolvida em conjunto com uma equipe de especialistas em nutrição, com as primeiras diretrizes nutricionais para promoções, licenças de produtos e alianças estratégicas.

Essas diretrizes, baseadas em critérios científicos, limitam os nutrientes prejudiciais, como o sódio, os açúcares adicionados, gorduras trans e saturadas, entre outros; ao mesmo tempo em que fomentam o consumo de frutas, verduras e alimentos com altos conteúdos ricos em fibras, vitaminas e minerais.

Essa convicção pela promoção de hábitos de vida saudável também se reflete em nossos conteúdos.

Encontre o seu poder nestas receitas incríveis!

https://marvel.vapza.com.br

Os alimentos prontos para o consumidor no varejo
Time de líderes da Vapza, engajados pela saúde do mundo
Imagens da fábrica no processo de produção

 

 

 

 

Alimento Vapza no refeitório da fábrica em Castro, no Paraná
Imagens da fábrica no processo de produção
Imagens da fábrica no processo de produção
Imagens da fábrica no processo de produção
Imagens da fábrica no processo de produção

 

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