A QUINTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL CHEGOU E TEM FONTE BIORRENOVÁVEL DE MATÉRIA – PRIMA: THERPOL, O PLÁSTICO DO FUTURO
Na 4ª revolução industrial iniciada em 2011 com seu conceito ligado ao de Indústria 4.0, muito se falou sobre a Inteligência artificial, a robotização, big data, a internet das coisas. E o meio ambiente? O jornal Onews traz em primeira mão ao grande público a tecnologia que chega para mudar esse cenário. Descoberto e fabricado pela empresa brasileira Proquitec, o Therpol surgiu no início de 2018 como uma oportunidade de reduzir os custos na produção de artefatos de borracha, pelo mesmo sistema de injeção utilizado na produção de peças plásticas injetadas. Por se tratar de uma Inovação Sustentável, um termoplástico à base de fonte biorrenovável de matéria-prima – a borracha natural proveniente da seringueira, e 100% reciclável, é considerado como parte da 5ª Revolução Industrial.
O Therpol traz uma integração entre Meio Ambiente, Homem, Tecnologia e Máquina e já está sendo utilizado em calçados (alças de sandálias, solados, botas e sandálias de praia), no setor automobilístico (buchas de suspensão, guarnições de porta, placas antirruídos), em peças agrícolas, em Grip (emborrachamento) em canetas, aparelhos de barbear, ferramentas, artefatos de borracha em geral, modificador de plásticos, podendo ser adicionado ao PCR (plástico pós-consumo) devolvendo propriedades e reinserindo este plástico a cadeia de produção, fomentando a reciclagem e a economia circular. Por ser 100% reciclável, o therpol pode ser reintroduzido em produção por inúmeras vezes. Por ser de fonte renovável de matéria prima, melhora o ecossistema e sendo 100% reciclável reduz a produção de resíduos e o descarte.
O aumento de produtividade por meio de Therpol está relacionado ao processo de fabricação. Ele é injetado como plástico, onde o ciclo de injeção é curto, há uma redução no consumo de energia, redução de gastos com descartes, porque todo o material de refugo em Therpol pode ser reutilizado.
A mesma peça fabricada em Therpol é mais leve que os termoplásticos convencionais. “A nossa proposta é estar presente em indústrias de todos os continentes, substituindo matéria-prima de origem fóssil, não renovável, e não reciclável por Therpol.
Colaborar com as marcas, agregando valor, reduzindo custos, levando às prateleiras produtos sustentáveis, incentivando a reciclagem e a logística reversa pois Therpol fecha o ciclo”, nos diz Simone Custodio gerente de marketing da Proquitec no Brasil.
A Proquitec lançou ainda um plastificante verde chamado Plastitec FF, a base de óleo de soja, livre de ftalatos em substituição a um plastificante usado na indústria de borracha, derivado de petróleo nocivo a saúde e ao meio ambiente. O plastificante a base de petróleo já foi banido em diversos países.
A empresa realizou um trabalho na fábrica onde passou a ser autossuficiente em água promovendo a sua reutilização.
“Conservamos uma extensa área verde em nossa planta fabril, e estamos aumentando esta área com o plantio de 420 árvores nativas, trabalhamos ao lado da comunidade em parceria com o Colégio Anglo de Vargem Grande Paulista e seus alunos de 5 a 15 anos, para a conscientização sobre sustentabilidade e o meio ambiente e também estamos com o mesmo projeto na empresa, onde as crianças e suas famílias participam”, explica Simone.
A Proquitec é liderada pelo empresário Sidnei Nasser que nos contou como chegou a proprietário e CEO da empresa.
“A Proquitec foi fundada no final de 1977 por três famílias de amigos executivos de multinacionais com vontade de expandir seus conhecimentos e aprendizados através do próprio negócio. Desde 1980 a Proquitec está em Vargem Grande Paulista, São Paulo. Seu início foi produzindo químicos aditivos para a indústria de borracha. Estou na empresa desde os meus 14 anos, começando a trabalhar no laboratório de borracha, de aplicação, passando por todos os setores da empresa incluindo produção, vendas, exportação. Desde 2008 sou o CEO da empresa. Portanto estou aqui há 40 anos e esta é a minha história junto com a história da Proquitec.”
Sidnei nos deixa uma mensagem muito importante:
“O Brasil produz 400 milhões de sandálias de praia por ano porém as alças são em PVC e ele não é um produto sustentável. O Therpol além de ser compatível na reciclagem com outros plásticos, é 30 % mais leve do que o PVC. Se aplicado ás sandálias de praia – considerando 40 gramas por par de alças de PVC 30% mais leves, nós estamos falando em aproximadamente 5 mil toneladas a menos de plástico girando no Brasil e sendo descartados. São 5 milhões de quilos a menos. Se nós considerarmos que estes 5 milhões de quilos também refletem no frete por causa do peso, nós estamos falando de uma economia de aproximadamente 200 carretas de frete por ano nas rodovias do Brasil. Isto equivale a uma economia de 200 toneladas de emissões de carbono no ano no Brasil apenas trocando as alças de PVC por Therpol. Somente quando isso acontecer as marcas líderes de sandálias poderão dizer que são sustentáveis.”
Para conscientizar o consumidor final e as indústrias, a empresa lançou a campanha no instagram – @oplasticodofuturo e marca presença no Linkedin como Therpol Sustainable Innovation. Somente no Brasil a empresa tem 140 projetos e está em desenvolvimento em 9 países.