SAVINO, A plataforma que está alimentando as futuras gerações com saúde.

 

O empresário Ismael Savino conta, num relato emocionante, como a coragem de inovar transformou sua empresa num elo de negócios saudáveis para o setor sustentável do Brasil.

Imagens de arquivo pessoal

 

onde tudo começou

A Savino iniciou as atividades em 2016, em São Paulo. O idealizador da marca é Ismael Savino, filho de Paula e Paulo Savino, fundadores da Ecobras, fabricante de produtos orgânicos desde 1989, no Rio de Janeiro.

A proposta da plataforma é comercializar apenas produtos orgânicos (livres de agrotóxicos), veganos (não são provenientes da exploração animal) e naturais.

O objetivo é fortalecer a economia sustentável, com respeito ao meio ambiente e também ao corpo humano. A empresa acredita que o consumo diário de alimentos reflete diretamente na saúde humana ou na falta dela.

A plataforma vende e intermedia apenas produtos com procedência, mercadorias de produtores e fabricantes que agem com responsabilidade socioambiental. Democratizar o acesso aos produtos orgânicos, veganos e naturais, para fomentar estes segmentos no Brasil, de maneira transparente e com responsabilidade perante todos os stakeholders é o que carrega como parte de seus valores, o jovem Ismael Savino.

Ele trabalha para ser referência em atendimento comercial para o setor além de oferecer de forma inovadora produtos saudáveis e sustentáveis para as futuras gerações.

Entretanto o que nos impacta antes de tudo é a história de Ismael, que ele nos traz num relato de família emocionante. Um convite para um Brasil que precisa se unir pela regeneração do planeta e pela saúde dos brasileiros, sem medo e com coragem.

     

Copacabana, Rio de Janeiro 1987

“Do que trago em memória, a parte mais interessante da infância é que eu tenho muitas lembranças. Tenho memória realmente desde os meus cinco anos, e principalmente porque na época uma amiga da minha mãe fez uma fita de vídeo que nós assistimos ainda quando crianças, e tudo isso foi reforçando a nossa memória.

Nasci em Copacabana, em 1987 no Rio de Janeiro e com um ano de idade fomos morar em Nova Friburgo, que é a região serrana do Rio.

Éramos eu e meu irmão mais velho, com quatro anos de diferença de idade entre nós. Ele tem um pequeno grau de autismo, mas vive normalmente. Quando éramos crianças não percebíamos nada disso, brincávamos numa boa.

Na minha infância em Nova Friburgo meus pais já eram vegetarianos, já atuavam no mundo da macrobiótica, já tinham tido restaurante, inclusive há um restaurante no centro do Rio chamado Metamorfose que foi fundado pelo meu pai e hoje está com o Pedro.

Toda essa experiência veio principalmente do meu pai, que é quem mais ouço sobre isso, visitando fazendas de orgânicos nos EUA quando aqui praticamente não existia nenhuma.

Minha mãe teve parto natural dos três filhos, e nós nos alimentamos primeiramente de leite materno e quando começamos a nos alimentar com comida era papinha de frutas que ela mesma preparava.

Nossa ida a Friburgo resultou na construção de uma casa oriental toda de madeira construída pelo meu próprio pai, que depois de finalizada tinha quatro andares, e se chamava Samadi. Ali se originou um restaurante macrobiótico.

Além disso, o espaço recebia pessoas para fazerem reeducação alimentar.

Nossa alimentação na infância foi portanto a base vegetal, entendido que as proteínas animais no início não eram recomendadas. As memórias que tenho de fato da alimentação é de arroz cateto integral, não comíamos arroz branco, pastéis de farinha integral ou de arroz integral, me lembro de um doce que era de feijão azuki como este que se vende no bairro da Liberdade em São Paulo, só que era artesanal e então era puro, sem açúcar.

Comíamos muito mingau de arroz e ameixa. O restante eram verduras.

Uma alimentação praticamente vegana, com uma memória de bacalhau, às vezes.

Tivemos aulas de férias de verão na escola Waldorf também em Friburgo.

Foi uma infância maravilhosa, minhas reclamações eram pela falta de liberdade para comer as besteiras que o mundo que não é saudável oferecia.

Meus pais, a partir do momento que ainda tinham o controle, mantinham que nós não acessássemos esses produtos, mas quando começamos a ir para a escola rapidamente acessamos os biscoitos recheados, balas com açúcar e tudo isso para mim como criança era fantástico. Passei por essa transição. Eles nos contam as histórias daquelas pessoas que iam para o restaurante macrobiótico a fim de reeducação alimentar, e a mais forte delas é a de um senhor de 80 anos com tumor cancerígeno, que recebeu a cura com a reeducação.

Pessoas com depressão e problemas respiratórios eram muitas. Se recuperando apenas com o alimento.

Comíamos muito pão integral. Me lembro ainda que meu pai fazia importação de produtos do Japão, que ao invés de ser bala com açúcar branco eram balas com malte de arroz que é o carboidrato mais complexo.

E foi lá que começou a produção de tofu.

Inicialmente só se produzia tofu e cottage pois não havia maquinário ainda para defumar e nem para fazer hambúrguer.

Desde que me entendo por gente meus pais faziam o tofu artesanalmente.

A Ecobras nasceu de forma comercial entre meus 5 e 8 anos.

Meu pai produzia tofu e minha mãe manipulava as receitas, ela era formada na culinária macrobiótica e vegetariana, era ela quem cozinhava de fato no restaurante. Mas foi meu pai quem conheceu o tofu nos Estados Unidos, voltando com minha mãe anos depois para explorar ainda mais.

Me lembro de descer com meu pai para o Rio de carro, tínhamos um kadett ipanema na época, colocávamos tudo em isopores com gelo para manter bem refrigerado. Descíamos com o carro para fazer as entregas. E foi assim que começou a venda do tofu.

Nos mudamos então de volta para o Rio, principalmente por causa do frio, minha mãe não se dava muito bem com o frio. Ela tinha acabado de ter o terceiro filho, meu irmão Lucas.

Tinha 5 anos quando Lucas nasceu. Para mim ainda é muito difícil falar sobre isso. Ocorreu uma tentativa de assalto no ano passado no sítio de meus pais e ele foi correr, sendo acertado.

Ele veio a falecer com 28 anos.

Eu escolhi o nome dele. Conforme cresci é que me acostumei com meu nome Ismael, que achava muito diferente. Agora eu adoro, mas na época amava Lucas.

Lembro que foi uma etapa forte por ter muitas memórias do Lucas crescendo.

Com todas as dificuldades daquela época e com a Ecobras se estabelecendo, nós querendo ir para uma cidade maior, momentos da vida em que ali eles estavam largando essa coisa super alternativa de morar num lugar onde tinham um restaurante, um lugar para receber pessoas e partindo para uma nova etapa, onde teriam uma empresa que se abriria para o mercado e iríamos para uma cidade diferente que era o Rio de Janeiro.

Sempre que viajava com meu pai para fazer essas entregas visitávamos sítios na zona Oeste do Rio. Procurávamos um lugar para morar e também para ser a sede da Ecobras.

Em algum momento visitamos este sítio onde meus pais moram hoje e a frente do sítio é uma área residencial, a parte de trás é um terreno grande onde se instalou a Ecobras.

Na época fechamos um acordo para comprar aquele espaço.

A empreitada de fazer tudo isso dar certo começou ali.

Esse sítio fica em Guaratiba. Toda minha trajetória de alimentação saudável se manteve em Guaratiba, porém, como tivemos acesso a pessoas diferentes, uma outra cultura que na região serrana é mais alternativa, passamos a ter acesso a escolas e amigos diferentes.

Nossa alimentação ali teve muita influência do local, eu já tinha tido dez anos da minha infância em outro ambiente completamente diferente e mais saudável.

Lucas se tornou ali completamente da comunidade, tanto que quando ele faleceu vimos o quanto ele fez parte daquele lugar.

Ismael, sua esposa e filha já morando na grande São Paulo

“Liderança tem a ver com uma palavra: respeito.

Ela perde sua função quando você impõe algo a outra pessoa.”

Ismael Savino

Nossa jornada em Guaratiba então começou, a empresa passou a vender mais, nossa distribuição melhorou, a captação de clientes começou a aumentar muito, o boca a boca começou a crescer, praticamente não tínhamos outro tofu no mercado, a não ser uma empresa que não era orgânica. A Ecobras se tornou pioneira em tofu orgânico.

Com a fábrica estruturada, conforme cresci, comecei a me envolver e com apenas 14 anos, colaborando nas entregas como ajudante de motorista. Depois de um tempo, desejando algo mais, fui para a parte administrativa como auxiliar. Passei pela produção de tofu e das pastas e dos hambúrgueres, passei pela expedição também.

Fiquei um tempo no faturamento onde emitia as notas fiscais, grampeava canhoto organizando as rotas para fazer as entregas, me tornei auxiliar administrativo pagando e recebendo, já tinha meus 17 ou 18 anos. 

E foi nessa trajetória, passando por diversos setores da empresa que entrei na área comercial. A Ecobras por muito tempo não tinha área comercial, na época em que comecei a trabalhar já iniciei esse processo de forma mais intuitiva durante as entregas que eu fazia.

A partir dali, já estávamos falando de prospecção ativa, degustação, visita em loja, etc.

Fiquei no comercial até sete anos atrás, por dez anos.

A Ecobras passou a ter alguns certificados de sustentabilidade, instalamos uma central de tratamento de efluentes, e como eu estava no dia a dia acabava conhecendo todo o processo de produção.

Lucas foi quem se especializou nos maquinários, ele cuidava da parte técnica na produção e manutenção. Lucas foi uma perda não só familiar, mas para a empresa. Eu me lembro que pensava que tinha tudo para dar certo, comigo na gestão empresarial e com ele na gestão técnica. Nunca teríamos desavenças internas porque nos complementamos.

São Paulo e o surgimento da Savino

Tínhamos os representantes que eu mesmo contratava, mas precisávamos abrir mercado. E não era somente minha vida dentro da Ecobras que estava desgastada, era minha vida no Rio de Janeiro.

Nem tudo são flores, nossas visões começaram a se diferenciar, principalmente entre eu e meu pai. Minha mãe sempre foi o relacionamento, a comunicação da Ecobras, ela é carioca, da gema, surfava, ela é a cara do Rio, muito comunicativa.

Meu pai estava no dia a dia da gestão e existiu um desgaste natural de relacionamento entre nós.

O desgaste natural do relacionamento de trabalho foi também um gatilho para que eu fizesse o que faço hoje.

Com tamanha experiência que adquiri no comercial da Ecobras, com tantas funções exercidas, tanto procedimento logístico, onde criei mais situações de logística do que de comercial internamente, tinha que aproveitar o momento em que estava. Quando se fala de produto refrigerado ou congelado, sem uma boa logística você não faz uma distribuição deste produto.

Criamos então muitos mecanismos de logística, contato com transportadoras, custos, tabelas, várias situações para fazer o produto chegar em outros estados sempre no melhor preço e na melhor condição.

Eu quis sair da empresa

Como eu era o responsável por contratar as transportadoras e agregados, vi ali uma oportunidade para mim. Me desliguei, abri uma empresa de transporte e comprei um carro refrigerado.

Comecei então a prestar serviço para a Ecobras e outras empresas.

Apenas eu e um ajudante, esse foi meu primeiro empreendimento só.

O volume de entregas era grande e comprei mais um carro, essa empresa então se desenvolveu. Minha relação com meu pai melhorou muito como prestador de serviço, foi bom para a Ecobras pois ela vinha com dificuldades logísticas de perdas grandes por problemas de refrigeração. Eu conhecia essa dor a fundo, sabia exatamente o que precisava fazer para o frete ser bem feito.

Com esse relacionamento melhorado conversamos sobre outras possibilidades seguindo o raciocínio das dores de uma empresa. A primeira era logística e a segunda, vendas.

Apesar da boa distribuição da Ecobras na época, São Paulo vendia menos do que o Rio.

Tínhamos os representantes que eu mesmo contratava, mas precisávamos abrir mercado. E não era somente minha vida dentro da Ecobras que estava desgastada, era minha vida no Rio de Janeiro.

Foi quando resolvi vir para São Paulo com minha própria empresa de representação. Aquela busca por estabilidade ainda me consumia. Tinha uma namorada que hoje é a minha esposa. Fiz então um teste vindo para São Paulo em algumas visitas e apenas no teste o faturamento começou a melhorar. Calculamos então como seria viver em São Paulo. Resolvi ao lado da minha esposa, nos mudarmos.

O dia a dia de São Paulo para um representante comercial é difícil, as reuniões que você marcou às 10h, você senta e o responsável comprador te deixa esperando por horas, sai para o almoço dele sem muito se preocupar com sua espera.

Tanto que hoje um dos propósitos da Savino é que divulguemos que não seja necessário passar por isso, uma vez que nos propomos a quando nos sentarmos com o comprador podemos falar de várias empresas ao mesmo tempo otimizando assim o tempo de todos.

Os primeiros seis meses foram os mais difíceis para mim, no sentido de compreender a vida de fato. Eu já não tinha mais dinheiro para pagar o aluguel pois decidimos morar num bairro com alto custo de moradia, foi um aprendizado.

Tive muitas dívidas e tive que dar um basta naquele momento. Nos mudamos então para Vila Sônia, um bairro onde moramos praticamente num quarto.

As dívidas eram difíceis de controlar. E foi ali, num quarto por oito meses difíceis e renovadores que aprendi a trabalhar meu fluxo de caixa, comecei a conhecer sistemas e outras empresas, comecei a contratar sistemas operacionais e financeiros para representantes.

Com o crescimento da empresa investimos hoje em tecnologia própria, recuperei meu caixa, passamos a viver uma vida minimalista, comecei a conhecer sobre essencialismo, naquele quarto tudo mudou.

Tinha um sótão no espaço que chamamos de caverna, convenci o proprietário a me ceder aquele espaço para montar meu escritório lá.

Fazia representação e entrega, os estoques de chocolate por exemplo foram muito bem feitos neste espaço, com todas as normas de segurança que eu precisava.

Tinha ali uma estação de trabalho completa, muito pequena e funcional.

Foi preciso inserir refrigeração para guardar os produtos da Ecobras que era a principal marca da minha representação.

Além da Ecobras trouxe para São Paulo todas as outras empresas representadas no Rio.

Desenvolvemos o mercado de São Paulo a partir dali e aprendi a viver em comunidade.

Levantei minha vida totalmente. Com apenas um vendedor a mais as vendas começaram a dobrar. Foi então que minha esposa ficou grávida.

Decidimos mudar para uma casa só nossa.

Minha capacidade de liderança já estava comigo, mas floresceu em São Paulo. Só pude provar na dificuldade, é ali que nós aprendemos, não consigo ver outra forma de ter evoluído sem essas dificuldades.

Muito inspirado em minha mãe entrei no processo da maternidade e da saúde tanto da Juliane quanto do bebê. Ela então iniciou um curso de nutrição na faculdade e estagiou culinária num restaurante. Decidiu por parto normal, mudou a alimentação e estudou muito saúde alimentar.

Como já estávamos num processo minimalista recebemos a nossa bebê de forma muito simples e natural.

Juliane tinha muita insegurança, minha primeira tarefa para resolver isso era que eu tinha que estar presente em todo o processo.

Nos mudamos para São Caetano do Sul, o lugar ideal para nós. Marina então nasceu.

Meses antes dela nascer, aluguei um escritório no Brooklin, equipei o escritório com tudo o necessário para que fosse o centro das operações. Pude então ficar fora da operação para ajudar Juliane. O nascimento da Marina foi incrível e natural. Ela nasceu em meus braços. Cortei o cordão e permaneci com elas.

Segui o que aprendi com meus pais e fizemos nossos dias do nosso jeito, eu e Juliane, como a gente achava que teria que ser sem a ajuda de outras pessoas. Fizemos de tudo nos cuidados com a Marina.

Ser empresário nos traz muita coisa legal.

Cozinhava tudo vegetariano, Juliane diz que nunca mais sentiu o gosto daquela comida, ela disse que nunca comeu uma comida tão gostosa quanto aquela.

Aos poucos comecei a voltar para a empresa que rodava num modelo de representação comum.

Veja o mundo de um lugar mais alto

uma questão de Perspectiva

o business da plataforma Savino

Tínhamos um modelo, no início, onde cobramos um valor fixo para custear as prospecções independente se teríamos venda ou não.

Tínhamos estrutura para armazenagem refrigerada e de congelados e isso nos gerava um custo fixo.

Aluguei um novo salão para expandir as entregas adquirindo um refrigerador industrial. Já tínhamos ali virado aquele escritório que representa, fatura e entrega. Contratava os carros agregados necessários.

Foi assim que descobri que a logística quando se assume essa parte física é extremamente difícil, requer volume entre outras frentes.

Um ajuste de rota

Como pai da Marina mudei muito, aprendi muito e considerei novas circunstâncias.

Minha mente se abriu um pouco mais.

Enxerguei meu negócio de uma outra forma.

A primeira coisa foi concluir que precisava ganhar mais, otimizar e maximizar isso aqui.

No modelo de representações da época começamos a ter algumas reclamações do tipo que pagavam o fixo mas não tinham as vendas e essas vendas não vinham por vários motivos, não por culpa nossa propriamente. E eu não queria lidar com a frustração do cliente. Foi quando consegui visualizar algumas coisas.

Primeiro, aquele custo fixo do escritório estava alto e com os clientes questionando ficou inviável manter.

Deveria a partir dali depender apenas de comissão.

A relação passaria a ser ganha-ganha.

E foi ali que veio o primeiro passo para a plataforma Savino.

Nos enxergamos como plataforma independente de ter tecnologia, naquele momento.

A Savino deixou de ser uma representação comum para ser uma plataforma com o propósito de agregar várias indústrias, entretanto sem cobrar valor fixo de ninguém.

Funciona da seguinte forma: colocamos o produto no mercado, a indústria recebe pela venda e nos repassa a comissão. Esse foi o primeiro ponto. As reclamações acabaram.

Exclusividade com cliente também se encerrou ali. O cliente somente será nosso se merecermos. E se o cliente quiser estar conosco.

Nosso desafio principal é tornar o ambiente mais agradável, mais otimizado e mais vantajoso para o cliente. Quero que ele queira estar ali, esse é o nosso objetivo.

Mantemos o nosso departamento administrativo e desligamos nossos representantes que estavam sob o regime de CLT.

Eles criaram suas próprias empresas e passaram a ser prestadores de serviços sem exclusividade, sob demanda.

Nosso vendedor que mais fatura, foi meu primeiro vendedor. Ele fatura quase três vezes mais hoje apenas com a Savino. Certamente presta serviços para outras empresas. Ele virou um empresário com nosso suporte.

A Savino já tem histórico e credibilidade para a marca estar ali conosco.

Com esse sistema o vendedor com ou sem experiência se agrega a Savino, ele será certificado, treinado e qualificado por nós.

Alguns meses atrás recebemos um vendedor de Manaus, experiente. Na mesma semana ele foi classificado e na seguinte começou a tirar seus pedidos pois as vendas são latentes na plataforma, dinâmicas. Elas estão no ar.

O que é preciso é de um agente para pegar o que está no ar e conectar.

É como duas tomadas desconectadas. Você apenas as conecta e tudo passa a funcionar.

Nossa operação é 100% comissionada, nosso contato é direto com a indústria.

A Savino não gerencia pagamentos, cobranças e faturamentos. Ela é uma plataforma para gerar intenções de compra.

Nós só trabalhamos com preços direto da indústria, sem acréscimos. Porque a proposta é trocar o custo que a indústria tem para atender o cliente pelo nosso atendimento que, ao ser revertido na venda, é comissionado.

Atendemos os clientes que chegam pela nossa plataforma.

A empresa lojista entra em nossa plataforma monta os mesmos orçamentos de costume e pelo mesmo preço com atendimento centralizado profissional e cada pedido é tratado diretamente com a indústria. Uma condição 100% personalizada.

O pré requisito para estar conosco é ser uma empresa idônea, que respeite o meio ambiente e tenha boas práticas.

Temos uma curadoria para aprovação, mas o cadastro é aberto online para todas as empresas.

Sou a prova viva da transformação do meu corpo quando como mal e quando como bem. Todo mundo passa pelo mesmo processo, biologicamente essa é a regra do jogo, somos feitos do que nós comemos. O que entra em nosso corpo pode ser veneno para você ou pode nutrir seu corpo.

O consumidor está mais consciente na relação com o próprio corpo. As pessoas se entendem mais obesas, mais doentes e com a aparência danificada.

O que estamos vivendo é um ciclo do universo, chegaremos a um momento de alimentação extremamente saudável. A opção de você mais do que consumir, produzir uma horta em casa já é um avanço. Produzir orgânicos traz benefícios para todos, para o mundo inteiro.

O governo passa a gastar menos. O que você ganha de saúde é imenso.

O produto orgânico não lhe deixa doente e não traz problemas para o planeta, portanto ele não é caro.

A comunidade dos orgânicos está cada vez maior e só acha que é pequeno quem está fora. É emocionante.”

Durante a entrevista Ismael é tomado por profunda emoção ao mencionar o nome do irmão, pedi então a ele que finalizássemos essa matéria com uma mensagem pela vida que viveu Lucas.

A seguir o relato de Ismael.

 

“Ao Lucas,

Somos três irmãos, Matheus, Ismael e Lucas.

A chegada do Lucas, para mim foi muito especial porque participei de tudo.

Tenho muitas memórias de Nova Friburgo. Quando fomos para o Rio tivemos uma relação maior de disputa, Lucas era de poucas palavras mas muito ativo.

Me lembro de quando ele faltava a escola e ia para um terreno atrás do sítio, ficava lá perdendo aula.

Nos reaproximamos na juventude. Eu e Lucas nunca fomos melhores amigos, guardávamos uma admiração mútua.

Lucas tinha uma inteligência de chão de fábrica incrível. Quando compramos a máquina de tofu tinha que ir até o Japão, eu não podia contribuir, o Lucas foi.

Depois ele foi para Inglaterra estudar. Se enraizou muito onde morávamos numa comunidade simples em Guaratiba.

Lucas estava numa fase de domínio da produção e se tornou indispensável.

No ano passado quando ele faleceu foi muito difícil me despedir dele porque estávamos entrando num momento de maturidade onde nos aproximávamos muito.

Ele agora era tio da minha filha, ele estava num bom relacionamento amoroso, tinha os problemas pessoais dele que lidava como todos nós.

Depois de adulto ele descobriu que nasceu com apenas um rim e passou a ter que tratar a situação. É uma pena que ele não esteja aqui. E isso é a vida. Todos queremos morrer velhos, mas nem isso sabemos direito se assim será.

A vida é maravilhosa e cada um de nós tem que viver do jeito que quiser, mas você entende que não existe uma solução para a vida, para a estabilidade. Nunca nem sonhamos que isso pudesse acontecer conosco. Senti a maior tristeza da minha vida quando Lucas partiu. Minha vida com ele foi honesta.

Tínhamos muito respeito um pelo outro. E havia uma projeção traçada para que ele fosse o cara da produção e eu o cara dos negócios, finalizar um assunto desse é muito difícil.

Lucas sempre foi líder de si, dono do próprio nariz, muito questionador. Logo cedo já queria ter o espaço dele, ele era líder de seu mundo. Faleceu com 28 anos. Muito ativo como chefe da produção na Ecobras, ele liderava ali e todos reconheciam essa liderança.

O que fica é a mensagem…

Relaxe um pouco, curta a vida na simplicidade de lavar uma louça cantando, se machucar e continuar alegre.

Não importa o que aconteça em sua vida que a princípio seja o fim do mundo, você está vivo, com o privilégio da vida em suas mãos.

Se você lembrar que alimentação é o seu principal combustível, comece aos poucos a abrir o leque da sua alimentação. Substitua aumentando o leque de possibilidades alimentares saudáveis. Se permita.

Se arrisque.”

 

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