Mensagem editorial

por Kátia Bagnarelli, editora e redatora do Jornal Onews/On

A Amazônia brasileira é nossa!

A industrialização dos orgânicos no Brasil também passa por ela.

Nós estivemos na Floresta, pesquisando, conhecendo e sendo conhecidos por ela que respira a regeneração vinte e quatro horas por dia, todos os dias.

Desembarcamos em Manaus numa quinta feira de janeiro e seguimos por quatro horas e meia pela AM-352 até o Km 78, nos hospedando no belo município de Novo Airão, banhados pelo grandioso e respeitável Rio Negro.

Exploramos a Floresta e o Rio nos dias em que estivéssemos por lá, conhecemos as comunidades ribeirinhas do Tiririca e Wayana Poranga.

Pesquisamos as árvores nativas Copaíba, Andiroba, a Tanibuca que tem sua sapopemba poderosamente utilizada na comunicação dentro da Floresta, a Amapá medicinal com seu leite de magnésio, a árvore do quinino com seu amargor na casca, a Itaúba e seu vento geladinho sobre nossas mãos, o Matamata com sua corda super forte, a Seringueira poderosa e até a formiga tucandeira, famosa por transformar meninos em homens fortes prontos para casar.

Tudo o que presenciamos na Amazônia nos conecta com a grande cidade em que estamos do outro lado do Brasil, nada se dissocia.

Ao contrário.

Esta edição traz um momento ímpar para os orgânicos em nosso país que se revela numa inédita e estratégica mudança de rota da industrialização dos nossos alimentos, cosméticos e produtos de limpeza, tão presentes no dia a dia dos grandes centros.

Falar do momento da industrialização dos orgânicos sem falar da Amazônia seria impossível, assim como abordar o tema sem revelar onde está e como está sendo tratado o agricultor familiar orgânico brasileiro nessa história, também deixaria incompleto nosso raciocínio.

Portanto, convidamos você leitor, a conhecer a partir de agora, o Brasil rico e nativo de sempre ao lado do desafiador momento da Indústria em nosso território.

Esse convite também nos desafia, individualmente, a sermos cada vez mais orgânicos em nosso dia a dia.

Aproveite e leia com uma criança.

Nigel Kurt Atkinson (@nigel_manso) com o ribeirinho filho da dona Regis da comunidade Wayana Poranga e o valente Hope, o cachorro que nos acompanhou pela Floresta Alagada do Rio Negro, a nado e de canoa
Regis, indígena esposa e mãe da comunidade Wayana Poranga ás margens do Rio Negro, dentro da Floresta primária, uma das pessoas mais bonitas que conhecemos na viagem
Kátia Bagnarelli com o “Maluco”, ele resgata, cura e convive com os animais na Amazônia

 

Estada de Kátia Bagnarelli e família pela Floresta Amazônica no período da construção deste jornal

 

 

 

 

 

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