A solução para o paraíso na Terra e para a felicidade plena do ser humano passa pela Agricultura Natural – A missão do Grupo Korin no Brasil
Sociedade sadia, próspera e justa, através da agricultura natural
Por Kátia Bagnarelli, exclusivo. Agradecimentos especiais pela colaboração de Caroline Melotto, Mariana Midori Nagata, Fernanda Silvestre, Natália, Isadora Oliveira e Deise Lima, time Grupo Korin no Brasil.
“Há um sabor em tudo o que existe no mundo. As múltiplas formas de vida e também todos os objetos têm e comunicam um sabor peculiar. Se esse sabor faltasse em nossas vidas, o mundo seria insípido, vazio, e perderíamos o desejo de viver…”, trecho de fragmentos de ensinamentos de Meishu-Sama.
Provavelmente você já provou um alimento natural ou orgânico da marca Korin e se ainda não provou experimente ao final desta leitura. A Korin é umas das primeiras empresas do mundo, e pioneira absoluta no Brasil, a produzir frangos e ovos livres do uso de antibióticos como promotores de crescimento ou de forma terapêutica.
Tudo começou em 1992, mas foi em 1995 que o Grupo Korin foi nomeado e fundado oficialmente a partir da visão de uma liderança inspirada e comprometida, alicerçada em três pilares: A verdade, o Bem e o Belo.
A Korin Empreendimentos é uma holding 100% brasileira formada por quatro instituições privadas: a Korin Agropecuária, a Korin Agricultura e Meio Ambiente, a Korin Administração de Franquia e a Korin Messiânica Alimentos. Apesar de ser um empreendimento 100% nacional, o grupo mantém suas raízes e conceitos nascidos no Japão, especificamente, da filosofia do pensador e religioso Mokiti Okada (Tóquio, 1882-1955), criador do método da Agricultura Natural, que norteia todas as atividades das empresas Korin. A primeira empresa do grupo, criada em 1994, antes mesmo da fundação da Korin Empreendimentos, foi a Korin Agropecuária.
Naquele período, outra instituição já trabalhava em projetos ligados à Agricultura Natural: o Centro de Pesquisa Mokiti Okada, ligado à FMO (Fundação Mokiti Okada) e que, em 2018, se fundiu à Korin Meio Ambiente e ao setor de insumos da Korin Agropecuária, criando, assim, a Korin Agricultura e Meio Ambiente.
O grupo, que completou 25 anos em 2020, atende a uma ampla gama de produtores, clientes e consumidores preocupados em levar a vida de um jeito mais saudável e de acordo com as Leis da Natureza.
Os Anéis de Luz
Quem deu nome a Korin foi um dos grandes líderes da Igreja Messiânica, o reverendíssimo Tetsuo Watanabe. Incansavelmente dedicado a construção da Korin, a próprio punho escreveu o nome da empresa e criou a logomarca repleta de simbologia.
Korin quer dizer “anéis de luz” e foi com pincel num papel que a empresa guarda como relíquia até os dias de hoje, que ele definiu representatividade e relevância que o grupo teria. Em 2013, pouco antes de falecer Watanabe perguntou a Reginaldo Morikawa, atual CEO da Korin Agropecuária, se ele sabia o real significado da marca e então explicou que os anéias fundidos representam os três pilares da Verdade, do Bem e do Belo, onde, para a igreja messiânica, a agricultura natural representa a Verdade, o johrei representa o Bem e a arte representa o Belo. Se une ao significado os três elementos da natureza que geram a força do solo: o fogo, a água e a terra.
A intersecção central representa o ser humano.
O símbolo de sustentabilidade do grupo é o ser humano e não o planeta, como se costuma utilizar.
Para a filosofia da Korin tudo o que existe nasceu para abastecer o ser humano. Se é o ser humano quem usufrui e quem tem o dever de cuidar a filosofia explica que o planeta Terra passa a ser um organismo passivo apesar de sua interação e existência viva, é passivo quando se relaciona com o ser humano.
A missão da Korin Empreendimentos é gerir as subsidiárias para que os negócios, embasados na filosofia de Mokiti Okada, gerem valor, contribuindo para a construção de uma sociedade ideal. Entende-se por sociedade ideal aquela isenta da doença, da pobreza e do conflito.
E ainda que pareça um sonho, a Korin vem provando que é possível, viável monetariamente e contagiante.
O grupo tem mais de 240 itens de venda, reconhecidos mundialmente pelo frango e pelo ovo.
Produzem carne bovina, tilápia, truta, água mineral, linha de méis, linha de cafés, uma gama de embutidos, kibs, almôndegas, o melhor hambúrguer orgânico do mercado entre outros.
Seu faturamento ultrapassa os 165 milhões de reais com crescimento de 12% ao ano. A Korin está presente no Japão e na França e ambas trabalham sob o mesmo princípio mas não são subsidiárias.
Um legado de vida
Gestão escolhida e preparada para a missão, Korin apresenta Reginaldo Morikawa
A nossa redação aguardava ansiosamente o início da entrevista online quando a secretária do executivo nos recepcionou arrumando a câmera da sala branca, com uma colorida biblioteca ao fundo, nos dando as boas vindas naquela que seria seguramente uma das mais impactantes narrativas humanas que já ouvimos.
Em tela cheia, sorridente, carismático e com uma energia contagiante Reginaldo Morikawa iniciou um relato eloquente de modo que nehuma interferência da nossa parte foi preciso para que tivéssemos acesso exclusivo ao que segue, à você, leitor, naturalmente, em primeira pessoa.
“Eu sou um sacerdote da Igreja Messiânica e vou tentar não ficar preso a toda essa história nessa prosa porque eu tenho muita conversa. Falando de propósito de vida, minha área sempre foi ciências exatas, sou nascido em 67, tenho 53 anos, vivi minha adolescência nos anos 80 e naquela época não tínhamos tecnologia e então, o que nós fazíamos?
Primeiro eu tinha uma banda (tenho até hoje), cantei na adolescência em barzinhos, cantava em festas de quinta a sábado e no domingo ensaiávamos.
Trabalhava numa multinacional, cursei técnico em eletrônica, comecei a trabalhar em telecomunicações e acreditava que minha vida seria nessa área. Estudei engenharia mecatrônica, mas não cheguei a terminar a faculdade porque eu conheci a Igreja Messiânica.
Com 16 anos de idade eu conheci os ensinamentos de Mokiti Okada. Mokiti Okada para nós é Meishu-Sama, um título que significa Senhor da Luz. Com 16 para 17 anos vi que a engenharia, acredite, se tornou muito superficial, a física … temos física 1, física 2, física 3, geometria analítica, eletromagnetismo, na engenharia temos tudo que entendemos como capacidade das leis da física.
Quando conheci os ensinamentos de Meishu-Sama, entendi que a engenharia dependia de conceitos básicos, por exemplo, como a velocidade da luz que é de 300 mil km por segundo, mas eu já tinha uma pergunta: por que a luz não faz curva?
Você chega num ponto em que começa a entender o princípio da natureza, percebe que pode montar um ser humano com transplantes mas não consegue dar a partida. Fazê-lo funcionar de verdade depende da alma. A partir de coisas esquisitas, como por exemplo, através de um fígado transplantado de uma pessoa o paciente adquire todas as vontades que o seu doador tinha, comecei a perceber que existe uma sequência, a vida tem uma continuidade.
Foi nesse momento que incluí o espírito em minhas atividades. Entre física e matéria, entrou a coluna do espírito. Somos o espírito, a mente e o corpo. Percebi que a engenharia era finita. Houve uma passagem onde um ministro que era meu mestre, meu guia espiritual, me indicou para o seminário da igreja.
Eu recusei, não queria porque ainda estava cursdo engenharia, era muito jovem, queria casar, queria ter filhos, gostava muito da comunicação, da eletrônica, queria fazer doutorado, enfim, aquela cabeça de um jovem. Ele olhou para mim e falou que conhecia meu perfil, que eu era uma pessoa que não pararia de se aprofundar no que estivesse fazendo e então ele disse que faria uma projeção, me disse que teria um momento em que numa longeva idade eu teria um resultado que todo trabalhador deseja, uma casa no campo, uma casa na praia, uma família perfeita com filhos e netos, um cachorro no jardim, teria conquistado tudo o que sonhara podendo inclusive até inventar um telefone novo já que minha área era telecomunicações, e continuou de forma desafiadora e impactante:
“…mas, um dia vai se pegar velhinho, aguando o jardim, vendo os netos correrem naquela felicidade plena e você vai se perguntar: O que eu deixei para a humanidade? Um telefone novo? Parabéns Morikawa, morra feliz. Você não tem capacidade de ver a sua capacidade, mas eu tenho. Me conte, no mundo espiritual porque eu já estarei falecido, quando chegar até essa máxima de tudo o que você vai querer na terra, se você conseguiu ser feliz pelo que você vai deixar de legado para a Terra.”
Aquilo acabou comigo. Pedi a conta da empresa, larguei a engenharia, fiz a prova para o seminário, entrei, larguei minha família, minha noiva largou de mim, comecei a me aprofundar.
Quando me conscientizei de que iria ficar numa igreja cuidando de pessoas, a igreja me chamou novamente. O presidente, o reverendíssimo Tetsuo Watanabe, que foi o precursor da Korin me encontrou no seminário (pouca gente sabe dessa história), era minha formatura de seminarista.
Tudo aquilo que eu tinha aprendido guardei numa mala e comecei tudo de novo. Comecei como seminarista limpando banheiro, servindo um cafezinho às pessoas, ajudando a carregar malas, mas estudando sempre, minha formatura foi lá no Japão com a participação dele.
Depois da cerimônia de formatura fomos para um bar para comemorar e ele foi junto. Olhou para mim e falou: “Morikawa, você já trabalhou com vendas?”, eu respondi que não diretamente com vendas mas já havia trabalhado muito desde meus 15 anos, comecei com contabilidade e também fui peão de fábrica.
Ele continuou: “Um dia você vai cuidar de uma das minhas empresas.” Essa afirmação aconteceu quando eu era uma pessoa que não entendia a dimensão daquilo. Eu ri, todo mundo riu.
Quando recebi o convite para ser o CEO da Korin em 2007, eu me emocionei. Minha história na Korin começou em 1996.
Mas eu não queria ficar na Korin, eu queria verdadeiramente atuar na igreja como sacerdote.
Havia trabalhado 3 anos no grupo e concluí que era a mesma coisa que eu fazia em outros trabalhos anteriores quando mais jovem até que um reverendo que cuidava das transferências (o nome dele é Francisco Jesus que inclusive, jogou na Copa de 70) conversou comigo e disse: “Sabe Morikawa você está cuidando da parte da agricultura de Meishu-Sama. Para cuidar da parte sacerdotal nós temos 600 ministros, mas para cuidar da parte de agricultura nós temos somente 20 ministros e você é um dos 20.
Ver Deus na imagem sagrada, ver Deus no altar é fácil, muito difícil é você ver Deus num pé de alface, numa latinha de tomate ou num litro de leite. É através dos produtos que Deus vai cuidar do corpo das pessoas, os alimentos cuidarão do corpo das pessoas.
É muito difícil ver a atuação de Deus nos alimentos, nós só queremos ver Deus na parte espiritual, mas Deus está em nossa mente, em nossas atividades, e também nos nossos alimentos. E se você quer ir para sacerdotal vou te transferir já que você não consegue enxergar Deus nos alimentos.”
Poxa vida, mais uma vez fui desafiado.
Naquele mesmo dia retirei meu pedido e disse que não queria mais sair da agricultura natural. A preservação da humanidade depende da preservação e da continuidade dos recursos naturais.
A partir daí muitas pessoas me perguntam até hoje, de onde vem essa vontade de trabalhar aqui e respondo que é a mesma vontade que tem um sacerdote de cuidar de alguém. Cuidamos dos agricultores e do que essas pessoas tem de melhor.
Quero promover um futuro resgatando os valores do passado. “
O protagonismo visionário do fundador da Korin ancorado por seus sucessores no Brasil
Makoto é o que corre de principal na Korin, o que significa fazer o que você fala.
Morikawa explica que Mokiti Okada ensinou que a humanidade precisa de sinceridade. O Makoto está em todas as relações com todos os stakeholders, com os produtores, com todos os clientes do grupo e ele diz que é nítido mesmo que não falem sobre isso, quando agem com makoto todas as pessoas sentem.
Desde que fundada por Tetsuo Watanabe a Korin vem conscientizando o consumidor final sobre a importância do produto natural e orgânico para a saúde e para o meio ambiente como instrumento de uma sociedade ideal.
“Hoje temos uma necessidade oculta do ser humano que é reconhecer o valor dos alimentos orgânicos não somente para ele nos fatores nutricionais e emocionais mas também para o meio ambiente, o ecossistema e os processos.
Quando temos os processos embasados na agricultura orgânica conseguimos ter um futuro longevo e não o tipo de comércio que estabelecemos até hoje. O comércio que conhecemos hoje é imediatista, não tem uma visão. Eu consigo pagar 12 mil reais num celular e não consigo pagar 10 reais num brócolis, porque eu consigo ver o valor tangível de um celular smartphone, mas eu não tenho como reconhecer o valor de um brócolis que vai direto alimentar meu sangue, que vai construir todo o meu vigor para que eu desfrute da minha vida. No brócolis não vem escrito tudo isso, se eu pegar um brócolis convencional e um orgânico e olhar com os olhos da matéria não conseguirei identificar o que ele tem de nutrientes e o que não tem de agrotóxicos.
O que falta hoje é o reconhecimento da cadeia de valor.
Você percebe que a sociedade vive em torno de alimentos, o homem não reconheceu ainda essa cadeia de valor porque o marketing (2.0) a partir dos 90 foi focado em supérfluos, focado em comodidades, o marketing 3.0 veio acrescentando o glamour, o 4.o o engagement e outras questões mas nunca voltando para aquilo que realmente é o ser humano e a tecnologia.
É o que o marketing 5.0 prevê neste momento.
Ele já começa a colocar o espírito nas ideias e começa a entender de forma holística que o ser humano não é só o celular, um carro ou uma roupa. Partindo para as ferramentas de como poderia ser essa difusão da agricultura natural é imprescindível que comece com as crianças.
Participei das CSAs que são Consumidores que Sustentam a Agricultura lá na França e os franceses faziam questão de levar seus filhos para descarregar os caminhões, e nada mais. Naquele momento eles ensinavam suas crianças sobre aquele alimento.
A conscientização do futuro requer principalmente essa relação no ensino fundamental incluindo essa educação nas atividades diárias das crianças.
Outra coisa que pela dor acaba acontecendo são as crises mundiais através de alimentos, nós tivemos a vaca louca, a febre aftosa, a gripe aviária, a gripe suína, a Covid19, o vírus do salmão, 70% de todas as doenças humanas são zoonoses mas os animais alimentam os seres humanos desde a Era Neandertal, não é o animal que faz mal, é o mecanismo e o modelo de manejo de criação dos animais que está super intensivo fazendo uso de inputs para que se produza cada vez mais intensamente e mais rápido, fazendo uso de ingredientes químicos que estão promovendo um desequilíbrio da natureza, não devemos erradicar bactérias, devemos coexistir.
O grande efeito que a Korin traz é a coexistência, criamos galinhas soltas no chão.
Precisamos unir três questões para resolver o problema da fome no mundo.
Quando promovermos o casamento entre o fator econômico, o nutricional e o agrícola da agricultura orgânica não encontramos problema algum em alimentar nove, dez bilhões de pessoas daqui a 20 anos porque o que está errado é uma série de situações que precisam ser trazidas para aquilo que a Korin chama de DORI.
Dori quer dizer “caminho perfeito da natureza”, nos diz Morikawa.
“Essa é a minha missão com muita paixão e convicção.”
Korin apresenta Luiz Carlos Demattê
Doutor médico veterinário formado pela Unesp, com mestrado em zootecnia e nutrição animal, pós graduado em gestão estratégica do agronegócio pela UFGV, Doutor em ecologia aplicada na Esalq, premiado em suas teses, pós doutorando na FGV EAESP em gestão de operações de sustentabilidade, CEO da Korin Agricultura e Meio Ambiente, diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação na Korin Agropecuária, presidente da Câmara temática de agricultura orgânica do Ministério da Agricultura, o doutor Demattê nos recebeu online em sua sala na Korin ás oito e trinta da manhã de uma segunda feira.
Gentil, focado e extremamente receptivo as nossas perguntas ele iniciou exaltando a importâncias das flores no ambiente da nossa redação na imagem que refletia durante a entrevista.
Na filosofia de Mokiti Okada, os arranjos florais conhecidos como ikebanas são fundamentais para a vida e representam o belo que alimenta a mente.
Sua estada no grupo Korin e na Igreja Messiânica sempre foi marcada por decisões baseadas no desejo de expandir o modelo de agricultura natural, em fazer com que o conhecimento seja propagado e efetivamente utilizado como nos conta a seguir.
“O nosso trabalho é acreditar na agricultura como fator absolutamente essencial e de grande mudança.
O nosso esforço é importante a fim de que as pessoas tentem compreender mais o que acontece no campo, no solo, na agricultura, na natureza para que tenham uma perspectiva adequada para que tomem decisões adequadas na hora de fazer a compra dos seus alimentos, porque não estão levando para casa só um bolo de nutrientes mas sim histórias, levando espírito, levando o propósito daqueles que estiveram envolvidos nisso. Estamos nos alimentando de tudo isso. Quando ganharmos essa sinergia seremos cada vez mais capazes de compreender a integralidade da nossa vida neste planeta e essencialmente entender a nossa missão.
A grande dificuldade da maioria é entender o porquê nós estamos aqui, o que estamos fazendo nesse mundo.
Para nós isso ficou muito claro, estamos aqui para construir um mundo ideal e esse mundo ideal é um mundo isento da doença, da pobreza e do conflito, é um mundo de pessoas felizes que desfrutem dessa felicidade enfrentando todos os seus problemas e desafios,que encontrem olhando pela janela a perspectiva de um ambiente próspero onde verão seus filhos crescendo e se desenvolvendo.
A construção de um mundo ideal é o que nós fazemos aqui na Korin. Essa é a minha missão, com muita paixão e convicção de que estamos causando um efeito benéfico para a sociedade.
Estamos num país que tem a missão de promover a agricultura natural e nós enquanto Korin estamos fazendo isso.
Nossa maior vontade é que um número maior de pessoas conheça isso e consiga valorizar como uma tarefa delas também, mesmo que essas pessoas não estejam ligadas à agricultura porque é esse engajamento que vai fazer com que a gente construa uma sociedade melhor.
Nós temos uma agricultura muito melhor do que a que acontece em outros países, mesmo em termos sociais e ambientais e é uma pena que a sociedade brasileira seja ainda tão crítica por conhecer muito pouco do que acontece lá fora.
Falta ainda uma visão estratégica do Estado brasileiro vendo essa agricultura como capaz de gerar mais cadeia de valor. As academias vem mostrando isso. Ela tem capacidade de pegar os agentes envolvidos e oferecer valor a estes agentes.
Compartilhar valor é muito interessante. Precisamos de mais apoio porque o desenvolvimento desse valor trará benefícios e riquezas para o Brasil. Quero, por exemplo, produzir mais frango orgânico, mas para produzir o frango eu preciso de produtores produzindo milho e soja, grãos orgânicos que alimentam o frango.
Esses produtores enfrentam dificuldades tecnológicas e essas dificuldades impactam no sistema produtivo trazendo custos elevados. Sabemos que quando a agricultura orgânica é implantada traz, do ponto de vista da produtividade, algo fantástico. Do ponto de vista da preservação do meio ambiente também é fantástica, do ponto de vista do vigor do solo é fantástico mas existem gargalos no final das contas que ainda fazem com que esse produto, esse milho e essa soja, saiam mais caros. Isso impacta diretamente na cadeia produtiva.
Quando chega na gôndola temos no final um produto de nicho.
Nos falta acertar um pouco mais a cadeia aqui da porteira para dentro, mas também da porteira para fora nas questões de logística. Quando falamos em grãos por exemplo, não se trata somente da produção mas da segregação, tenho que separar o grão orgânico, ele não pode se misturar ao grão convencional.
Essa separação cria uma necessidade de suprimentos e logística dedicada, esse aspecto dedicado impacta em custos pois ainda não é uma produção de escala onde o sistema funciona por si só, naturalmente.
Por isso, um pouco mais de pesquisa aplicada ao campo para produzirmos milho e soja em melhores condições aumentaria essa produção, aumentaria o interesse dos produtores em produzir, teríamos uma facilidade maior em dar sequência na maior produção para chegar a ponta com custo menor.
A agricultura orgânica é perfeitamente capaz de suprir as necessidades e demandas do mundo por uma alimentação correta, sadia e adequada aos anseios do ser humano.
Uma agricultura correta, inspirada na natureza, baseada nas condições dessa natureza, vai criar uma sociedade extremamente sustentável, sadia, justa, próspera e é por isso que Mokiti Okada colocou a agricultura natural como um pilar de sustentação para a sociedade.
Ele acreditava que a agricultura natural contribuiria de maneira definitiva para o estabelecimento de uma sociedade sadia. Parece utópico mas a nossa experiência de fato nos faz crer que isso é viável, concreto e cada vez mais estamos vendo isso acontecer também pelo lado da ciência com trabalhos científicos sendo publicados recentemente.
O consumidor tem que saber que quando ele está num ambiente puramente convencional há cenalidades negativas pois ele está criando impactos no solo, na água, nos mananciais, está criando impactos que a sociedade paga de um jeito ou de outro.
Parece que está barato lá na gôndola do supermercado mas está custando de alguma forma em alguns outros setores da sociedade, e isso tem que ser pago.
As questões climáticas são um dos preços. As questões de saúde humana outro preço, os relatórios da FAO apontam que 70% das doenças humanas são originadas das chamadas zoonoses.
Nós temos ações junto a cidade de Ipeúna que, por uma legislação municipal, foi declarada como a capital nacional da agricultura natural num trabalho de mais de trinta anos aqui.
No mês de maio comemoramos isso, desenvolvemos atividades junto às escolas.
Num contexto maior de país como um todo é importante que essas atitudes aconteçam, mas precisamos de políticas públicas adequadas. Acredito na individualidade do ser humano e em sua capacidade e na capacidade da sociedade civil de responder a essas iniciativas à medida que são corretamente estimulados.
O alimento tem uma aura, tem uma energia.
E o ser humano antes mesmo de se alimentar já está em contato com isso através desse alimento em suas mãos.
O que o alimento representa culturalmente nas reuniões, na vida em família, é incrível. É incrível como quando as pessoas são dotadas dessa dimensão espiritual são sensíveis a isso. É claro que para começar a perceber isso não podemos estar num ambiente tão conturbado, tão problemático, tão insalubre de uma situação muito ruim e dramática.
Acreditamos piamente que um fator fundamental para construir uma sociedade próspera, sadia e justa é o alimento. É a agricultura.”
O reconhecimento e o pertencimento dos funcionários Korin
“Sempre falo que a Korin é a minha casa e, com esta afirmação, fica explícito que faço o que for preciso para cuidar dela como se fosse minha. Trabalhar na Korin é motivo de orgulho e, certamente, uma grande permissão, tanto profissional quanto pessoal. Por isso, atuar desenvolvendo e gerenciando produtos me traz um lindo sentimento de pertencimento, de que faço parte da missão de levar alimentos que promovam a saúde e o bem estar do consumidor, assim como a prosperidade do produtor.”
Samaria Lemes (Gerente de Produtos – Matriz, São Paulo)
Trabalhar na Korin significa, antes de tudo, um ato de resistência, de tentar se manter dentro de um mercado tão diverso, levando alimentos de verdade para os lares brasileiros. Pessoalmente, significa ter a alegria de trabalhar com o que se acredito, com algo que é verdadeiro em sua essência. Toda vez que estou em trânsito de uma unidade para outra, as pessoas me veem uniformizada e perguntam: ‘você trabalha na Korin? Que legal, lá em casa a gente só consome produto de vocês!’ Isso me enche de orgulho.
É muito bom poder morar no lugar onde trabalho e melhor ainda saber que a empresa que trabalho contribui efetivamente para o desenvolvimento de Ipeúna e traz tanta visibilidade e reconhecimento para a minha cidade.
Josbel Cristina Borges (Analista de Processos – Logística/ Unidade Ipeúna)
“Para mim, como engenheira agrônoma, trabalhar na Korin Agricultura e Meio Ambiente é fazer parte de um propósito que tem como princípio a conservação da natureza. Aliar a agricultura com a sustentabilidade é muito gratificante, pois sei que estamos trabalhando para um futuro melhor para o planeta e para as próximas gerações. Sendo uma empresa inovadora, o clima organizacional e os benefícios que os colaboradores possuem não se encontram em qualquer lugar. Poder trabalhar em um ambiente tranquilo, onde as pessoas se respeitam, não tem preço. Aqui foi meu primeiro emprego e agradeço muito por todo o processo de aprendizagem e transformação que passei para crescer junto com a empresa.”
Patricia Augusto Silva – Coordenadora de Produção da Korin Agricultura e Meio Ambiente.
“Para mim é muito mais que um emprego, é algo que me traz satisfação e realização. Isso porque o nosso trabalho é focado em soluções para problemas que são essenciais para o futuro das gerações. Atuamos com soluções sustentáveis para um agronegócio melhor, que produza alimentos mais saudáveis, gere menos impacto ambiental e social. Em minha área de atuação (compostagem), minha maior motivação é saber que estou transformando possíveis passivos ambientais em fertilizante orgânico de qualidade e com isso contribuir tanto para gestão de resíduos quanto para agricultura.
Trabalhar na Korin faz-me sentir realizado pois tenho certeza de que estou contribuindo para um mundo melhor.”
Reinaldo da Costa Botelho – Coordenador de Vendas
A franchising Korin que ensina o mercado nacional a trabalhar com produtos naturais e orgânicos
Além de produzir alimentos e comercializar produtos saudáveis para redes de supermercado e lojas especializadas de todo o Brasil, a Korin Agropecuária atua no varejo desde 2010, por meio de 10 lojas entre próprias ou franqueadas, distribuídas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
O consumidor encontra nas lojas uma extensa variedade de produtos saudáveis, hortifrúti orgânico certificado e toda a linha de orgânicos e sustentáveis da Korin, além de itens exclusivos.
Algumas unidades ainda contam com açougue próprio, onde o cliente pode optar por porções fracionadas de proteína animal Korin.
Outra estratégia é o conceito de vendas a granel de frutas, legumes, verduras e cereais orgânicos que tem como objetivo reduzir o consumo de materiais plásticos e demais embalagens, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
As lojas atendem a um público variado e crescente, uma vez que a oferta de produtos naturais e orgânicos vem aumentando, assim como a procura por alimentos saudáveis no Brasil.
Reginaldo Morikawa, CEO da Korin Franquia nos conta que a maior parte do PIB brasileiro é do varejo retail que já ultrapassou a indústria, ele evidencia entretanto que esse varejo atual precisa aprender também, e a proposta de franchising da Korin é para que seja um showroom de loja saudável que tem todos os budgets, rentabilidade, lucratividade, sustentabilidade econômica, como novo modelo para a sociedade da mesma forma que praticamente todos os produtos da Korin hoje são copiados pelas grandes indústrias.
A Korin demostra felicidade em nortear esse novo mercado do varejo que está se instalando e reconhece que existem desafios.
Certificações conquistadas pela Korin
– Produzido pela Agricultura Natural de Mokiti Okada
– Orgânico
– Bem-Estar Animal
– WQS – World Quality Services
– IBD – Sem Organismos Geneticamente Modificados
– Best Aquaculture Practices
– Rainforest Alliance
– AVAL – Associação Brasileira de Avicultura Alternativa
Para encontrar uma loja própria da Korin acesse: https://www.korin.com.br/onde-encontrar-korin/nossas-lojas/